Nada mais patético que uma pessoa sem verniz qualquer diante de dinheiro a dar com o pau.
Além de tudo o que sabemos, desde plásticas duvidosas até shows idem em cruzeiros idem, Rosemary também achou de bom tom ela mesma comandar a decoração do gabinete de Lula na base presidencial em São Paulo – um andar no prédio do Banco do Brasil, aquele lá na esquina da Paulista com a Augusta.
Ainda estou para entender o racional disso aí, esses quilômetros de sofás (cama?) pretos com almofadas temáticas azuis, que certamente combinam com o painel do tio e com o carpete (touché!).
Na foto não dá pra ver direito (até gostaria de ver mais fotos do ambiente), mas aqueles quadrinhos na parede devem ser imagens do chefinho também.
É certo que o brasileiro médio não tem muita intimidade com quadros na parede, o que me faz imaginar que Rose poderia ter contratado, sei lá, a cunhada, para dar uma assessoria na coisa e, assim, ter ajeitado pra sempre a vida da parenta mediante módica participação.
Mas não, acho que foi ela mesmo a pendurá-los lááááá em cima, quase no teto, o que me dá certa aflição estética.
Conheci vários gabinetes na vida, uns “mais”, outros “menos”. O que ficou em minha memória foram os aposentos do Bispo Macedo na Rádio Copacabana, no centro do Rio, onde eu trabalhei.
O mesmo caso: “dinheiro sobrando, como vamos gastá-lo?” Você via que era o melhor revestimento, o melhor sofá, o melhor abajur, os melhores móveis, os melhores lustres, o melhor-melhor, numa mistura infeliz para um ser humano de qualidade inferior. Tudo feito por funcionariazinhas, sem qualquer verba participativa.
No caso presente, percebe-se que o arsenal decoratório de Rose nunca passou dos padrões de uma sede de sindicato. Isso aí é um escritório comum melhoradinho. Só.
Imagino até que Rose tenha encomendado tudo do bom e do melhor. Mas perdeu a oportunidade de transformar essa saleta num trono episcopal, e assim multiplicar sua verba intermediatória.
Bobinha…