Que bonito!!

Dei de cara com esta belíssima foto da árvore de Natal cercada do verde do Ibirapuera – mais pelo verde do que pela árvore; acho-as todas bem feias quando iluminadas, e muito cafona essa coisa de entrada ao vivo no jornal pra registrar a inauguraçã, fora o gigantismo dos números. Provavelmente acontecerá o mesmo aqui, no próximo domingo.

Aqui tem até ingresso (déi reáu na Galeria Olido) para roteirinho de natal, cuja programação está na Folha.

Só me animaria a ir se fosse com Periquito Augusto, já que preciso mostrar TUDO a ele. Como este Natal ele passará com os outros avós, grande abraço pra decoração natalina. Melhor ver assim, na foto. E de dia.

 

Tô falando?

Notícia cafona no Estadão:

A Rota, tropa de elite da Polícia Militar, está na mira da Ouvidoria da Polícia. O aumento no número de mortos em confrontos envolvendo integrantes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar – 63% em cinco anos – despertou a atenção do ouvidor Luiz Gonzaga Dantas, que promete acompanhar de perto a atuação do 1.º Batalhão de Policiamento de Choque. Entre segunda-feira e ontem, foram mais duas mortes. Em uma delas, a família diz que houve execução. […]

Segundo o ouvidor, o policial deve agir dentro da legalidade. “A função primeira da polícia não é matar ninguém. Usar a arma é o último recurso. O PM é agente público, a função é difícil, mas não significa que pode atirar primeiro e perguntar depois.” (íntegra)

Mas a Rota É o último recurso, meu senhor…

Bom deixar claro que no episódio em que a família afirma ter havido execução, não foi a Rota. Foi um policial da Rota à paisana, com pretensões a miliciano lá no Itaim Paulista (Fernando Haddad diria Itaim Bibi). Uma coisa é bem diferente da outra.

Se a Rota não é onipresente, família de bandido curiosamente é. Se é fato que o cara implorou para não ser morto, o distinto policial, já com domínio da situação, deveria ter chamado não a Rota, mas PMs. Errou e deve ser afastado.

E notícia de jornal pegar dois eventos coincidentemente seguidos (um deles sem o carimbo da instituição) e jogar como se fosse estatística… É mais ou menos como pegar a explosão de divórcios nos últimos tempos (graças a uma lei simplificadora) e sair por aí berrando que a família brasileira está desmoronando.

A PM explica o óbvio: os maiores investimentos nos últimos anos. Com mais condições, fica um tantinho claro que haverá mais mortes. Porque a Rota foi feita pra isso mesmo: pra situações de perigo, com bandido armado. O resto é com a PM preventiva.

Por mim, belê. Garanto a vocês que não há possibilidade, dentro dos acasos da vida, de eu ser perseguida e trocar tiros nem com a Rota, nem com a PM nem com ninguém.

E você?

Especialistas em generalidades

Não bastou uma semana para que a Justiça resolvesse uma coisa e depois mudasse de ideia.

Baseada apenas em indícios e no total desconhecimento de como a banda toca, a ação do Ministério Público pela paralisação das obras da linha 5 Lilás do Metrô e pelo afastamento do Presidente da empresa Sérgio Avelleda foi acolhida pela juíza Simone Casoretti, da 9.ª Vara da Fazenda Pública e sua vigência não durou mais que uns dias.

Em recurso, o Metrô recorreu e conseguiu evitar o tremendo prejuízo de eventual paralisação das obras, e ontem outra decisão reencaminhou Avelleda a seu posto:

“não há dúvida que são fortes os indícios de fraude no procedimento licitatório. Porém, com o devido respeito à culta magistrada de primeiro grau, são necessários mais que indícios para providência de tamanha gravidade como o afastamento do Presidente de companhia como a do Metrô”, segundo alegação do promotor Márcio Franklin Nogueira, da 1ª Câmara de Direito Público.

O MP não se deu por vencido e recorreu a uma segunda patacoada. Tenta de novo a paralisação das obras, desta vez baseado em outra ignorância: de que a suspensão não traria prejuízo aos cofres públicos porque “as obras não começaram“.

Começaram, sim, e há muito tempo. As licitações, os processos de desapropriação, as demolições por acaso não fazem parte das obras? Isso custa dinheiro, e cada dia de imobilidade nesse processo também esvai a grana pelo ralo.

Além disso, mantém-se o cerne da questão: há um desentendimento do MP sobre como ocorrem as licitações: em lotes, e não como concorrência geral.

Conversei com um engenheiro da cidade esta semana. Ponderei as alegações do Metrô, diante do que ele levantou as sobrancelhas e meneou a cabeça, como que dizendo: “é isso, não há irregularidade; não há o que discutir, esse tipo de licitação é feita assim e não há mal nenhum nisso”.

Fraudes em grandes obras são a coisa mais comum no Brasil, país cujo sistema, tendente a se encostar no dinheiro público, não é lá dos mais ilibados. O sonho de todo brasileiro é fazer tudo para amarrar seu burro na sombra estatal, seja via carguinho público, seja tendo o Estado como cliente único, fácil e formatado de modo a proporcionar o maior espaço possível para falcatruas.

Mas há que se estabelecer a diferença: uma grande obra pode e deve seguir parâmetros complexos, avançados, exaustivamente estudados e próprios à evolução do métier, e isso não significa exatamente que esteja sendo fraudada. Se estiver, que se apure certo, mas denuncismo e suspeitismo, ó!

Voltamos ao efeito Datena: se se mostram congestionamentos em São Paulo todo santo dia, isso não significa que outras cidades não tenham congestionamentos. Significa apenas que elas não os mostram.

Igualmente, se o MP paulista tem toda essa “disposição”, isso pode significar que outros MPs podem não tê-la. Por exemplo:

E aí, Juraci?

“Sugestã”

Já que a PM de São Paulo resolveu – tardiamente – filmar toda e qualquer operação em passeatas, pra ninguém depois vir com nhé-nhé-nhé, sugiro o mesmo à Rota – Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar.

Cansa perceber que, malgrado o amplo apoio e confiança da população, a imprensa do dia seguinte continua abusando do preconceito contra o grupamento. Termos como “suposto”, “suspeito“, “suposto”, “suspeito” são os que mais afloram cada vez que a Rota mata algum desinfeliz. O cara rouba o carro, foge, vai pela contramão, bate o carro, atira na polícia e ainda é tratado como suspeito, tudo “supostamente”, como se a Rota tivesse como símblo uma caveira e existisse unicamente pelo gosto de matar.

A imprensa confia piamente em tudo o que diz a Presidente Dilma, o IBGE, o Ipea, o Zé Dirceu, o Dieese e até o Bope, mas quando chega na Rota…

Pergunta: por quê?

Sim e não

Sobre dois berreiros do momento, é muidifícirrrr pegar nos principais jornais impressos algum texto que explique o que acontece de fato. Por isso lá fui eu recorrer ao rádio, e encontrei duas abordagens na CBN que considerei esclarecedoras. Então convido-os a ver o que concluí com meus pobres miolos:

SIM,

Me parecem – à primeira vista – plausíveis as alegações do promotor Roberto Antônio de Almeida Costa em torno das denúncias contra a Controlar. A ver, embora ache curioso só levantarem isso agora. E a ver também se chegam ao ponto de exigir a devolução de multas e tarifas, o que me parece exagero (sequestro de bens do Prefeito? Tudo de boldo!; não defendo ou acuso ninguém por simpatia ou implicância).

Só sugeriria uma coisa: a levarem-se a cabo todas as demandas do MPE, e se porventura cumprir-se a decisão do juiz – fazer nova licitação, com lisura e metodologia nos procedimentos – que a Inspeção Veicular se torne verdadeiramente – já que se alega não ser -um controle ambiental concreto: multas muito mais pesadas  a quem descumprir os requisitos mínimos, inclusive automóveis e caminhões de outras cidades que circulam por aqui. É muito motorista reclamão e pouca manutenção. Neguinho que queima óleo por aí tem mais é de se funhecar pra largar a mão de ser porco.

NÃO,

Não tem cabimento a grita alarmista em torno da queda de um pedaço de concreto que se soltou da Ponte do Remédios, como se São Paulo fosse uma cidade caindo aos pedaços. José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia seção São Paulo, pondera que o problema da falta de manutenção do que já existe, por parte do Poder Público, é problema nacional, já que adoramos o novo até que se torne velho, quando mais ninguém liga e – ironia! – o lixo vai parar no rio.

Em primeiro lugar, as grandes vias paulistanas (e suas pontes) sofrem agressões diárias com motoristas desmiolados e cargas cada vez mais pesadas e maiores. Isso foi particularmente notável há alguns anos, antes do Rodoanel, quando era comum caminhões entalarem nas pontes mais antigas. O que não quer dizer que ainda não ocorra.

A Ponte dos Remédios passou por um grande processo de recuperação em 1997, por conta de um desses “acidentes”.

O município de São Paulo conta com um termo de ajuste de conduta, e a manutenção de vários equipamentos estão previstos em orçamento. Não há uma agenda rígida. É como o recapeamento: percebe-se que está ruim, contacta-se a Prefeitura, ela vai lá e recapeia.

É meio capenga, mas está a anos-luz da maioria dos municípios brasileiros, inclusive muitas capitais. Mas, pelo que temos, é o que há a fazer. É impossível vigiar tudo durante  24 horas. Imagine um caso hipotético extremo: numa ponte inaugurada ontem, um caminhão passa e racha um pedaço. O outro vem em seguida e acaba de soltá-lo, e a trozomba cai na cabeça de alguém. Amplie isso para a zona cinza do dia a dia. Eis.

Bem, já que está claro que uma cidade não sobrevive se seus usuários têm por esporte trombar nos equipamentos diariamente, eu se fosse o Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia proporia a feitura de pontes com estrutura ao contrário: concreto no miolo e vergalhões de aço nas arestas das vigas e colunas. 

Que tal?

Então, como é que faz?

Reportagem hoje na Folha sobre ação da PM e do Conselho Tutelar que saem pelas ruas à procura de estudantes que cabulam aula. Um trecho:

Uma força-tarefa, formada por cerca de 30 funcionários da Prefeitura de São Paulo, policiais militares, guardas-civis e conselheiros tutelares, fechou ontem as saídas de dois parques do Itaim Paulista, extremo leste da capital, atrás de alunos que matavam aulas ou consumiam drogas.

Os locais foram bloqueados por cerca de uma hora, até que todas as crianças e adolescentes fossem abordadas, revistadas e tivessem seus dados anotados.

Alguns jovens pularam as grades para fugir quando notaram a presença da polícia.

Entre os abordados havia uma criança de nove anos, que tremia, com medo de ser levada. Jovens ficaram em fila, com mãos para trás.

A ação faz parte de um projeto coordenado pela Subprefeitura do Itaim Paulista, que tem o objetivo de diminuir a evasão escolar.

[…] “A ação é positiva porque esses jovens vão pensar bem antes de cabular outra vez. Também pretendemos reprimir o uso de drogas, pois muitos jovens faltam às aulas para fazer o uso delas”, diz o conselheiro tutelar Francisco Carlos Barros.

Para Diego Vale de Medeiros, coordenador do núcleo da infância e juventude da Defensoria de São Paulo, a ação é ilegal.

“Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, medidas coercitivas só podem ser empregadas quando o adolescente comete ato infracional”. Segundo ele, a ação fere ainda o direito constitucional de ir e vir.

O Conselho Tutelar disse que consultou a Vara da Infância e da Juventude sobre a fiscalização. […] (Íntegra p/ assinantes)

Bem, é o Estado cumprindo papel que pai e mãe abandonaram de vez.

Daqui a pouco, vanzinha pra levar e trazer da escolinha. Sem interferir – VEJA BEM! – no que se faz no período de aula – o tal “direito de ir e vir” ampliado e largamente interpretado.

  • Fotinho (Folha): Isso não é um camburão, mas piolhinhos se comportam como marginais: não querem ser identificados.

A dona da bola

A passeata de “estudantes” da USP ontem à tarde, paralisando a avenida Paulista, é mais um episódio de um processo que merece estudo.

Se antigamente a polícia, seguindo um método de fato e de direito, acabava cedendo ao conflito e dando “pontos morais” aos manifestantes perante a opinião pública, desta vez a coisa mudou de figura, dando espaço a outro tipo de inteligência, que poderíamos chamar inteligência política.

“Quer briga? Não terá.” – virou a máxima do comando. Ao longo de todos esses anos de evolução da opinião pública, ficou claro que um dos pontos de apoio de baderneiros é exibir hematomas de bala de borracha para as câmeras de tevê como forma de agregar valor à sua causa. E perpetuar, nas mentes mais distraídas, a ideia de que a polícia é um ser à parte no mecanismo do Poder Público – “todo mundo é legal, e a PM de São Paulo é má”, é o que ainda querem esses esboços de ditadores. 

Criança esperneando nunca fez sucesso lá em casa. Minha mãe conta que foi só uma primeira vez: um de nós – ela não lembra – deitou no chão do supermercado e ela deixou até bater a canseira no elementinho. É a melhor maneira de perder: ficar falando sozinho.

E foi isso que aconteceu ontem na avenida Paulista. Nem dá pra saber se o grupo avisou à PM e à CET sobre tal manifestação, mas não tem importância: a PM estava lá.

Queriam enquadramento por invadir todas as faixas? Não tiveram.

Queriam reação dos PMs a provocações pessoais? Não tiveram.

Queriam reação da PM por fazer a volta na avenida e fazer uma concentração relaxada no vão do Masp, ainda obstruindo o trânsito? Não tiveram.

Nem a “aula” que planejaram, em resposta!!!!! ao Governador, deu certo: os professores apoiadores não compareceram, e tiveram de improvisar.

Reportagem do IG relata até a advertência, pelo superior, de um PM que conversava com um aluno que estava ocupando sozinho uma faixa.

Sequer epifania midiática tiveram. Poucos jornais deram destaque e nem no Twitter coseguiram emplacar.

Quer dizer, o jogo acabou. E a dona da bola, a PM, está usando a inteligência que Deus lhe deu e finge deixar a partida. Tem mais o que fazer. Patrulhar a USP, por exemplo.

Pode ser que os patricinhos ainda tentem algo: invadir novamente a Reitoria, quem sabe? Mas fato é que o movimento perdeu moral. A mesma falta-do-que-fazer que impulsionou muitos a aderirem fará que abandonem a “causa”.

O chilique irá embora tão rápido quanto chegou. A polícia, não.

  • Foto (Cinthia Rodrigues, IG): Esparsos pela avenida, não estavam em marcha: queriam só atrapalhar e provocar. Não conseguiram o que queriam. 

Solar da Marquesa de Santos e Casa da Imagem

Do site da Prefeitura:

Após restauro iniciado em 2008, o Solar da Marquesa de Santos e a antiga Casa nº 1, agora denominada Casa da Imagem, reabrem para o público com exposições dia 19 de novembro, a partir das 11h.

Na ocasião, além da reabertura dos espaços e lançamento das exposições “A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar”, com curadoria da professora Heloísa Barbuy e “Guilherme Gaensly, o fotógrafo Cosmopolita”, com curadoria do professor Rubens Fernandes Junior, também será lançado o livro Guilherme Gaensly, coedição da Secretaria Municipal de Cultura e da editora Cosac Naify, além da intervenção “No ar” de Laura Vinci, no Beco do Pinto.

SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS

De propriedade de Maria Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, entre 1834 e 1867, o imóvel localizado na rua Roberto Simonsen teve diferentes usos ao longo dos anos, o que resultou em adaptações sucessivas que levaram à descaracterização do imóvel. Sua recuperação, iniciada em 1991, partiu de pesquisas, que embasaram o projeto e as obras de restauração e revelaram não ser possível reconstituir qualquer estágio de construção dentre os vários pelos quais passou o Solar. Deste modo, o restauro realizado, conforme normas internacionais para intervenções em bens histórico-arquitetônicos, preservou e destacou elementos de suas várias etapas construtivas: a conservação dos amplos ambientes do andar térreo, resultantes das diversas demolições, a preservação no pátio interno de vestígios remanescentes da calçada do século XVIII e a demolição de intervenções da década de 1960.

Em 2009, novas obras complementares de restauro e adequação museológica se realizaram com financiamento do BID-Banco Interamericano de Desenvolvimento, no âmbito do Programa Procentro.

Na exposição “A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar”, o visitante encontrará no piso térreo, destaque para o espaço urbano, com foco na antiga Rua do Carmo (ou Rua de Santa Tereza) e arredores. No piso superior, a exposição propõe uma associação entre os cômodos da casa e seu uso residencial – com espaços sociais e espaços internos – no tempo da Marquesa de Santos, que a comprou em 1834 e onde viveu até morrer, em 1867.

Além de funcionar como sede do Museu da Cidade de São Paulo, rede de casas históricas, o local terá programação cultural regular.

Serviço:

Solar da Marquesa de Santos
Endereço: Rua Roberto Simonsen, 136-A – Centro. Tel.  11 3105-6118      
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita – Ambiente acessível
http://www.museudacidade.sp.gov.br

Exposição: A Marquesa de Santos: uma mulher, um tempo, um lugar
Abertura: 19 de novembro, 11h
(exposição permanente / longa duração – 2 anos)  

CASA DA IMAGEM

Novo museu da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a Casa da Imagem, voltado à pesquisa e difusão da história da imagem documental da cidade e à preservação dos acervos Iconográfico e Gestões Municipais, ganha agora a sua sede própria: a centenária Casa nº 1, inteiramente restaurada. O espaço, adaptado para exposições e centro de documentação com acesso ao público e café, é resultado também de um trabalho desenvolvido desde 2007 que constou de tratamento para conservação de todo o acervo fotográfico, com 710 mil imagens da cidade de São Paulo, e da construção de uma base de dados de gerenciamento e recuperação de informações.

A exposição em homenagem a Guilherme Gaensly marca esta inauguração da nova instituição cultural. Muita gente conhece o trabalho deste fotógrafo, mas poucos são aqueles que conhecem a exata dimensão de sua importância para a iconografia da cidade de São Paulo. Com curadoria de Rubens Fernandes Junior, esta exposição coloca luz sobre o mais importante conjunto de fotografias produzidas ao longo de três décadas – entre 1890 e 1920 – momento em que a cidade radicalizou sua transformação urbana.

Serviço:

Casa da Imagem
Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro, próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h.
Entrada gratuita

Exposição: “Guilherme Gaensly, o fotógrafo Cosmopolita”
Abertura: 19 de novembro, 11h
Até 8 de abril de 2012
tel 11 3106 5122      
contato.casai@prefeitura.sp.gov.br

BECO DO PINTO

O Beco do Pinto, conhecido também como Beco do Colégio, era uma passagem utilizada na São Paulo colonial para o trânsito de pessoas e animais, ligando o largo da Sé à várzea do rio Tamanduateí. Atualmente, juntamente com a Casa da Imagem e o Solar da Marquesa de Santos, constitui um significativo conjunto arquitetônico, histórico e cultural.
Seu nome relaciona-se ao sobrenome do proprietário da casa ao lado do logradouro, o Brigadeiro José Joaquim Pinto de Moraes Leme, e às suas desavenças com os vizinhos e a Municipalidade por ter fechado o acesso ao Beco em 1821. Em 1826, a passagem foi reaberta e recebeu da Câmara o nome oficial de Beco do Colégio. No ano de 1834, a Marquesa de Santos, ao comprar este imóvel de um dos herdeiros do Brigadeiro Pinto, conseguiu, da Câmara, o fechamento da passagem. Após a abertura da ladeira do Carmo em 1912, atual Av. Rangel Pestana, o Beco perdeu sua função e foi definitivamente desativado.
Para chamar a atenção para esta importante passagem histórica, no dia 19, será inaugurada a exposição “No ar”, de Laura Vinci. Ela sugere uma reflexão sobre a transformação e a passagem do tempo. A instalação de forma fluida, através de seu sistema de vapores e de suas variações sutis, transformará continuamente os espaços do Beco do Pinto, propondo um jogo em que os visitantes serão estimulados a descobrir novas configurações na névoa.

A passagem do tempo é tema recorrente na obra da artista paulista. Trabalhos com produtos orgânicos que se modificavam naturalmente ao longo de uma exposição e  outros que tratam dos processos de transformação do estado da matéria já fizeram parte de sua consagrada produção. Sua obra também se destaca por estabelecer um diálogo com o espaço no qual se insere. Essas características sublinham a instalação criada para o Beco do Pinto, onde a artista instaura ainda uma delicada poética sobre um tempo em suspensão.

Serviço:

Beco do Pinto
Rua Roberto Simonsen, 136-B – Centro
Próximo da estação Sé do Metrô.
Funcionamento: terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada gratuita

Instalação: NO AR, de Laura Vinci
Abertura: 19 de novembro, às 11h
Até 8 de abril de 2012

  • Imagens: Acima, foto de Guilherme Gaensly, onde hoje fica o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, e à direita a Pinacoteca do Estado e o Jardim da Luz. Abaixo, dona Domitila, já senhoura em São Paulo, e netos.
  • Falei sobre o Solar da Marquesa e o Beco do Pinto aqui e aqui. E sobre a Marquesa aqui.

 

Sous le ciel de Paris

Vá à Europa antes que acabe

Brincadeira de O Sensacionalista, mas… é verdade, né?

Outro dia vi uma reportagem mostrando que a recepção ao turista em vários países europeus já está treinando falar ôbrrigadouuuu.

Eu mesmo me pergunto se a fúria de brasileiros que repentinamente passaram a AMAR!!!! a Toscana não a tornará algo meio Disney, em que a paisagem romântica inclui tropeçar em conterrâneos de cinco em cinco minutos, com aquela alegria toda nossa que faz tanger o plantel local.

Tá certa a ponderação de O Sensacionalista de que o turismo fotografista dá uma bela ajuda à Europa sair da merda.

Mas eu temo que em breve, entre os cafés de Paris, logo logo surja uma casa de música sertaneja. Pois se em Vila Madalena já tem sambão faz tempo…

Mas sou otimista. Tudo tem salvação para quem é temperado na desgraça.