Pena que as restrospectivas das tevês (“retrospectiva” é palavrinha muidifícir na novilíngua, por isso já estão ensaiando usar “retrô”) não ocorram dia 1. de Janeiro.
Senão, pegariam a melhor notícia dos últimos anos: o fim da era Lula. Chego até a torcer para que Dilma seja uma presidente bem melhor, do tipo “surpreendeu”, para que se acabe de vez com a mentalidade do jeitinho à pururuca de encarar a vida, próprio não de um operário, mas de um cara da mais baixa extração cultural, de maus instintos e de raciocínio infantil.
Havia enumerado uma série de adjetivos para esse homem simples (“simples” na pior acepção que se possa imaginar): Primário. Pulha. Velhaco. Biltre. Rabulão. Energúmeno. Anopluro. Calhorda. Aborto cru. Trapaceiro. Pustema. Bilontra. Canalha. Infame. Zanho. Ripanço. Pústula. Finório. Ignorante. Terereca. Boçal. Xexelento. Desagregador. Pomadista. Estúpido. Pútrido. Santarrão. Vaniloquente. Labrego. Tongo. Coprófilo. Bufão. Asinino. Pustulento. Histrião. Maitaca. Gabarola. Mesquinho. Pelintra. Retrecheiro. Nanocéfalo. Sacripanta. Insóbrio. Cacarejador. Untuoso. Demagogo. Espanéfico. Protetor de assassino. Protetor de corrupto.
E o que mais você queira acrescentar.
Mas é pouco. Mesmo que os oito anos de governo Lula não tivessem colecionado um rosário de estreitezas e baixezas políticas de qualquer jaez, o fato de deixar para o último dia – as últimas horas -, uma decisão sacaninha como a permanência de um assassino terrorista como Cesare Battisti entre nós já seria o bastante para traçar seu perfil baixo, calhorda, pseudossafadinho, daquele tipo de jeca que adora passar a perna nos outros com capciosidades primárias de curto alcance.
Gostaria muito de dizer a todos que em 2011 não precisaremos mais lutar tanto – aqui na internet, nas urnas, nas manifestações cívicas. Mas não tenho certeza se posso.
Descartada a esperança de que o país possa se tornar adulto a médio prazo, o único desejo que posso emanar para vocês é que possam ter um ano novo muito bom individualmente. Na família, nos afazeres, nos projetos e nos momentos corriqueiros.
Que 2011 possa dar continuidade na evolução pessoal de cada um, o resultado de um trabalho perene de formiguinha, tão pertencente a todos nós – para além dos pulinhos na praia, “energias”, lentilha que ninguém come direito, calcinha colorida e promessas vãs.
Beijocas a todos! Feliz Ano-Novo!