A falácia Gabriel Chalita

Feldman permanece no PSDB. Menos mal. De volta a São Paulo, depois de seis meses em Londres como secretário de Articulação de Grandes Eventos de São Paulo (e pode apostar que ele trabalhou), Walter Feldman olhou à volta e decidiu ficar no PSDB.  Aproveitou para descascar a falácia Gabriel Chalita. Do Estadão:

“Não conheço nada mais nojento que o Chalita. É o suprassumo da mentira, da promoção pessoal”, detona. Feldman cita a ciranda de partidos feita por Chalita (do PSDB para o PSB em 2009 e então para o PMDB em 2010) para embasar sua tese de que ele representa o contraponto de uma política séria. “É um ascensorista político, é um cara que vai mudando de andares conforme a conveniência”, diz ele, citando o apoio angariado pelo peemedebista do ex-ministro Wagner Rossi (PMDB-SP) e do senador Gim Argello (PTB-DF).

Feldman vê ainda em Chalita uma ameaça à paz recém estabelecida entre ele e os tucanos. Ele prevê que, se houver um segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Gabriel Chalita e o PSDB decidir apoiar o segundo, terá de discordar de novo de seu partido.

Quem também fez um resumo do tipo social de Chalita foi Andrea Matarazzo, candidato a candidato a prefeito da cidade, o preferido do Flanela. Trecho:

[…] O que achou das críticas de Chalita sobre a operação da Polícia Militar na cracolândia?

Gabriel conhece São Paulo até Higienópolis, nunca chegou até a [avenida] Duque de Caxias. É opinião de quem não conhece, até porque é especialista em autoajuda e não em ajudar os outros. (íntegra em três páginas)

Aliás, Isidoro de Sevilha já dizia: “Tudo que abunda é vil”. Ele se referia ao feijão, segundo o ditames gastronômicos do século XII, o que não nos proíbe de transportar o dito para nossos dias.

Um sero mano que acha importante dizer que escreveu seu primeiro livro aos 12 anos e que hoje, aos 40 e poucos, pavoneia uns sessenta títulos, todos daquela qualidade que tanto caracteriza a autoajuda, não serve para ser prefeito de São Paulo nem de lugar nenhum.

Isso sem contar que muda de partido como troca de roupa…

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10 comentários em “A falácia Gabriel Chalita”

  1. O Feldman tem toda razão. O Chalita mente mais que a megagrávida e a Bruna Surfistinha juntas — cada vez que ele fala de suas “origens” aparece com uma história diferente. A verdade é uma só, já a mentira tem mil versões.
    É lamentável que a família do governador Alckmin tenha se deixado envolver por esse vigarista que deve ter mesmo muito magnetismo pessoal para enganar tantas pessoas por tanto tempo.

    Ainda bem que estão começando a reagir. A frase do nosso Andrea é genial, vou copiar num azulejo: “Chalita é especialista em autoajuda e não em ajudar os outros.”

  2. O engraçado é o Feldman falar em um segundo turno entre Chalita e Haddad. Se for assim, melhor o “último apagar a luz do aeroporto.” A barra vai ser pesada, mas até encarar um dilema desses, é dose.

  3. Outra coisa. Até o Governador ter o referido político como amigo, nada que não possa. O que não pode é deixar-se paralisar por isso, em termos de decisão para as eleições que estão ai perto. Já passou da hora de tomar uma decisão e parar de falar em junho, final de março etc. Não há mais tempo para brincar.

  4. Eu nem sabia que Gabriel Chalita escreve livros(?) de auto-ajuda…

    …sejamos francos: esse pessoal que escreve(?) sobre auto-ajuda geralmente tem uma lábia bonita de ver… mas basta ter mais que um neurônio para constatar que não passa de blá-blá-blá inútil.

    Eu espero que os paulistanos não caiam nesse tipo de lábia, mas vejo que o pleito em SP será duro de roer: Haddad, Martaxa, Chalita, Erundina, etc… se Feldman e Andrea Matarazzo forem para a peleja, aliviam um pouco, mas não muito… se Serra for, arrisca não dar segundo turno, seria o sonho dourado do PT, ter um candidato adversário a quem possa apontar e dizer: ABANDONOU a cidade para ser governador!!!

    Se a campanha girar apenas em torno da cidade, das obras, dos problemas e das soluções dadas para vários deles, o grupo político que à governa atualmente e seus aliados se reelegem. Se a campanha virar palestra de auto-ajuda e tiver alguém que possa ser pixado (Serra), o resultado é incerto.

  5. Se conselho valesse, Serra deveria não sair, não. Ficou muito tarde e a artilharia está apontada para ciam dele. E pelo visto, não contará com muita artilharia a favor. O caso das ruas do Centro da Cidade são emblemáticos. o Governador e o Prefeito levando pauladas de todo lado e os respectivos partidos quietos. E olha que os argumentos contrários às ações não seriam assim, tão difíceis de responder, não. Serra não saindo, os demais terão de mostrar a que vieram. Já passou da hora de salvador.

  6. Chalita é o Lair Ribeiro da política. É mais um ‘cascateiro’ do partido mais fisiológico do país. Dawran tem razão. A “oposição” está com medo do quê? De mostrar as mazelas petistas? Não se pode ir atrás de conversa de marqueteiro. Tem que partir pra cima com tudo.

  7. Refer e Raquel, eu também acho o Chalita nojento. Em várias vertentes, a escolher…

    Dawran, Russo e Maria Eddy, vejam que não toco no assunto. Acho que estamos na fase das hipóteses escalafobéticas, e elas me doem tanto que prefiro nem pensar. Eu quero crer que o paulistano rechaçaria alianças mequetrefes. Tomara que elas nem aconteçam. Se acontecerem e se forem levadas a cabo, eu fecho humildemente este blog, vou morar em Kingston e viver de fazer dreadlocks em rednecks gordos.

    Fábio, a piada da autoajuda é essa: o cara se autoajuda pacas. Eu só não escrevo livro de autoajuda porque sou desconhecida. Se o cara tem certa visibilidade, este é o caminho por excelência pra defender um dim-dim.

    Sobre a cidade, eu confio no tico e teco paulistano. Serra bem que poderia, né? Ninguém aqui se incomodou com esse lance de deixar a prefeitura. O assunto foi ampliado só como argumento político. Todo mundo sabe que a cidade e o estado só seguem com alguns nomes, e pronto. PT, só a periferia desproducente, pendurada e analfabeta, que não liga seu próprio Welfare State a quem realmente o provê.

    Schu, eu ESPERO que desta vez apontem o dedo.

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